CASO BACKER: CERVEJARIA PEDE PARA QUE CLIENTES NÃO CONSUMAM A BEBIDA

14 de janeiro de 2020 – 17:52

No fim da manhã desta terça (15), a Backer fez mais uma coletiva de imprensa em torno do caso da contaminação das cervejas da marca. Segundo a diretora da Backer, Paula Lebbos, mesmo não usando o dietilenoglicol em seu processo de fabricação, a substância tóxica foi constatada no local pelas autoridades que investigam o caso. “O que eu preciso agora, o que eu estou pedindo, é que não bebam Belorizontina, qualquer que seja o lote, por favor”, disse ela.

Abaixo a nota na integra divulgada pela empresa:

Em meio às apurações dos últimos dias, a direção da Backer deixa de lado possíveis perdas financeiras para focar no bem-estar dos consumidores. Em mais de uma ocasião durante o pronunciamento na manhã desta terça-feira, a CEO Paula Lebbos solicitou que ninguém bebesse a cerveja Belorizontina, que no Espírito Santo recebe o rótulo de Capixaba.

Paula também voltou a prestar solidariedade às vítimas e seus familiares. Disse que a empresa estruturou uma equipe para entrar em contato com essas pessoas e, a partir de hoje, oferecer toda a ajuda que precisarem. Qualificou o clima na Backer como de tristeza profunda. “Nós estamos assustados com tudo isso que tem ocorrido. É surpresa para nós como é para vocês. Estou sem dormir”.

A diretora ressaltou que toda a linha produtiva da cervejaria é constantemente auditada e monitorada. Transparência que é reafirmada agora, junto à Polícia Civil e ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Nesta manhã, equipes dos dois órgãos estiveram novamente na fábrica, localizada no bairro Olhos D’Água. “A gente sempre esteve aberto às investigações que estão sendo feitas, só que ainda não há conclusão de nada”, afirmou. “Gostaríamos de saber a verdade o mais rápido possível”. 

Ela voltou a enfatizar que a Backer nunca utilizou o dietilenoglicol, substância contaminante encontrada nas amostras dos lotes de Belorizontina. “É um mistério para nós”, explica. “Todas as análises estão sendo realizadas pelas autoridades e logo, logo, acredito, a gente terá essas respostas”. Paula confirmou que a empresa solicitou uma perícia paralela e aguarda os resultados. 

A CEO se mostrou preocupada também com o setor cervejeiro artesanal, que segue padrões rígidos de qualidade e emprega milhares de pessoas. Ela pediu cautela nas divulgações de dados inconclusivos. Teme que o episódio acarrete em perdas para outras empresas do segmento, cujo pioneirismo cabe à Backer, inaugurada há 20 anos. “Represento aqui não só uma cervejaria mineira, um produto mineiro, mas também todas as cervejarias artesanais do Estado”, disse. “Não deixem perder uma história tão linda de cervejas artesanais, construídas não só em Minas, mas no Brasil”.

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